16 de janeiro de 2013

Vale recebe prêmio de "pior empresa do mundo"



A mineradora Vale – antiga Companhia Vale do Rio Doce – foi eleita a pior empresa do mundo por causa do seu histórico de violações dos direitos sócio-ambientais, credenciais que a colocaram no status de “Inimiga Número Um da Humanidade” e verdadeiro tsunami ambiental do planeta, informa a Pravda Ru. O prêmio Public Eya Awards foi entregue pessoalmente ao presidente da Vale, Murilo Ferreira, pela Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale, pelas numerosas violações dos direitos sócio-ambientais que a Vale promove nas regiões onde estão instalados seus projetos, bem como acusações de evasão fiscal e divisas bilionárias. A Vale foi indicada e ganhou o prêmio de pior empresa do mundo por violar direitos fundamentais no Brasil e em mais 39 países, provocando danos aos seres humanos e ao meio ambiente. Ela teve 25.043 votos, no site da Public Eya Awards. Ao receber o prêmio o presidente da Vale afirmou não considerar a premiação, por envolver organizações estrangeiras, que, na opinião de Murilo Ferreira, “querem bloquear o desenvolvimento do Brasil”. Ao ser questionado sobre a participação da Vale nas violações cometidas por Belo Monte e TKCSA, Murilo Ferreira se desresponsabilizou das acusações, alegando que embora as reconheça – as violações – a Vale não teria controle sobre esses projetos. “TKCSA e Belo Monte estão fora do meu controle. Somos sócios minoritários. Dentro da TKCSA só podemos ir ao banheiro, quando podemos”. A entidade afirmou que Murilo Ferreira se omitiu diante das questões levantadas sobre a duplicação da estrada de ferro Carajás, violação dos direitos trabalhistas e sobre a preservação dos recursos hídricos. No caso da Serra da Gandarela, o presidente da Vale informou que o projeto Apolo está parado por falta de recursos, mas sua assessora confirmou que a Companhia continua realizando prospecções e pesquisa na última serra intacta de Minas Gerais. Ele disse ainda que são infundadas as acusações de envolvimento da Vale nos assassinatos de trabalhadores, na Guiné. Quanto a Moçambique, o presidente da Vale se limitou a reconhecer que haveria problemas com os assentamentos de Moatize e não especificou que medidas a empresa vem tomando para solucioná-los. Murilo Ferreira se omitiu diante as questões levantadas sobre a duplicação da estrada de ferro Carajás, violação dos direitos trabalhistas e sobre a preservação dos recursos hídricos.

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