28 de janeiro de 2013

Café da manhã com o Rei Roberto Carlos



Ouviram do Ipiranga ás margens plácidas. 1941, “Ele está prá chegar”! Encerrada a 2ª grande guerra mundial, o sol da liberdade anunciou em raios fulgidos e morosos que o brasileiro mais brasileiro de todos os brasileiros vinha vindo “Além do Horizonte” da grande guerra para uma cidadela esquecida por Deus, num grande pequeno país abençoado por Deus. No penhor dessa igualdade, Cachoeiro do Itapemirim – Espírito Santo – trouxe á luz do céu profundo nesse instante o menino dono do olhar mais lindo e triste que já existiu. Cachoeiro foi útero, berço esplêndido. Na grandeza daquela hora, desafiando o nosso peito. O Brasil ia aprender a ser gente. Dali prá frente tudo ia ser diferente. Gigante adormecido pela própria natureza, o país tropical aprendia que em 19 de abril o curso de seu destino havia se desviado. Era o dia do índio, o dia do negro, o dia do brando e da multidão anônima de seus intermediários. Era 19 de abril de 1941! “O moço velho” pedia paz aos homens de boa vontade. Nascia ali, iluminando o sol de um novo mundo um predestinado a falar de amor, a cantar o amor. Nascia ali Roberto Carlos Braga”.

 DETALHES – “Não adianta nem tentar me esquecer. Durante muito tempo em sua vida, eu vou viver. Detalhes tão pequenos de nós dois, são coisas muito grandes prá esquecer. E toda hora vão estar presentes... você vai ver. Se um outro cabeludo aparecer na sua rua e isso lhe trouxer saudades minhas, a culpa é sua. O ronco barulhento do seu carro, a velha calça desbotada ou coisa assim, imediatamente você vai lembrar de mim. Eu sei que um outro deve estar falando ao seu ouvido. Palavras de amor como eu falei... mas eu duvido. Duvido que ele tenha tanto amor... E até os erros do meu português ruim, e nessa hora você vai lembrar de mim. A noite envolvida no silêncio do seu quarto, antes de dormir você procura o meu retrato. Mas na moldura não sou eu quem lhe sorri... Mas você vê o meu sorriso mesmo assim. E tudo isso vai fazer você lembrar de mim! Se alguém tocar seu corpo como eu, não diga nada. Não vá dizer meu nome sem querer á pessoa errada. Pensando ter amor nesse momento, desesperada você tenta até o fim. E até nesse momento você vai... Você vai lembrar de mim. Eu sei que esses detalhes vão sumir na longa estrada. Do tempo que transforma todo o amor em quase nada. Mas quase também é mais um detalhe, um grande amor não vai morrer assim. Por isso de vez em quando você vai... Você vai lembrar de mim. Não adianta nem tentar me esquecer. Durante muito, muito e muito tempo... Em sua vida eu vou viver! Não adianta nem tentar... Não adianta nem tenta! (Roberto Carlos – Erasmo Carlos)
 

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