19 de dezembro de 2012

Um ótimo fim do mundo á todos



“Tempestades solares.  Alinhamento dos planetas provocando um descontrole das marés e um dilúvio como o que fez Noé construir a sua Arca. Um planeta quatro vezes maior do que a Terra em rota de colisão com  este corpo celeste em que habitamos. Inversão dos pólos magnéticos do Planeta Água ou o fim do calendário Maia são algumas das teorias apocalíticas que profetizam o fim do mundo com data marcada. E o pior é que a tal data “maligna” está próxima: 21 de dezembro de 2012. Sem querer ser herege ou duvidar dos desígnios divinos, uma prorrogação cairia muito bem, não é mesmo? Esta vida é muito boa para acabar assim, de um dia pro outro. Uma “limpa” dos políticos malvados, criminosos cruéis, pessoas que não gostam de crianças, entre outras criaturas do mal, até que seria bom. Mas nós, meros mortais, que acordamos todos os dias para trabalhar, dispostos a fazer o nosso dever direitinho, cuidar de quem a gente ama, bem que podíamos ser poupados do grande cataclismo. Porém, com as forças da natureza não se deve brincar e do Divino, não convém duvidar. Então, que tal nos prepararmos para o fim do mundo e viver de fato, como se fosse o nosso último dia na Terra? E enquanto o mundo não acaba (tomara!) podemos ter uma vida bem mais divertida e digna até lá. Eu já fiz a minha lista, e uma lista de desejos tem muitas possibilidades “acessíveis”. E como são só coisas boas, vou compartilhar com vocês. Faça a sua, também!  Talvez o mundo acabe com uma profusão de água. Mas, como sou quase um peixe fora d´água, na minha lista tem um belo e renovador mergulho. Como estou longe do mar, pode ser numa cachoeira ou piscina. Vale tomar chuva ou um bom banho de hidromassagem, com direito a velas e incenso. Ou, modestamente, considero uma chuveirada demorada, quentinha, e seguida de um banho de sal grosso ou ervas para purificar. Ligar para alguém querido, com quem eu não falo há muito tempo. Relembrar de coisas boas que fizemos juntos e dar boas gargalhadas. Silenciosamente perdoar (de verdade!) alguém que me magoou e que talvez nem saiba disso.  Pedir perdão pelo menos a uma pessoa que eu feri, mesmo que não tivesse a intenção. Elogiar uma pessoa por dia até lá, contando sinceramente porque merece minha apreciação. E, se o mundo não acabar, seguir firme neste propósito.  Rever as fotos daquela viagem inesquecível e me programar para voltar, caso o local continue existindo após 21 de dezembro. Ter coragem de dançar uma destas coreografias do tipo “quero o tchu” e não sentir vergonha. Afinal, porque mesmo a gente perde tanto tempo evitando o ridículo?  Fazer algo realmente emocionante, para sentir como é gostoso estar vivo. Pular de pára-quedas, andar na montanha russa, sobrevoar a cidade de helicóptero. Ir até um mirante, onde a vista se perca. Um ponto alto de onde eu possa olhar e não ver limites. E, assim, recobrar a certeza da existência de Deus, pois só Ele seria capaz de nos proporcionar uma vista assim. Caso na minha cidade tivesse praia, olharia para o mar.  Dedicar um dia inteirinho aos meus filhos e voltar a ser criança com eles. Ir ao parque, à piscina, lambuzar de chocolate ou sorvete, comer só coisas gostosas, brincar, dançar, cantar e pular na cama!  Tirar um tempo para rezar. E agradecer por tudo o que vivi até aqui. Fazer outra lista de desejos para o caso de o mundo não acabar. O mais interessante deste exercício de uma “wish list” é que considerando o fim dos tempos, os bens materiais não são os mais importantes. Queremos estar com quem a gente ama, reviver bons momentos, perdoar, fazer as pazes, reencontrar pessoas queridas, dizer “eu te amo” a quem a gente gosta e ter a sensação de ter vivido bem. Realmente, com tanta coisa gostosa e divertida a fazer antes do fim dos tempos, acho que vou propor um abaixo assinado para enviarmos para o Todo Poderoso pedindo mesmo um adiamento. E, otimista que sou, confio que nossas preces serão ouvidas. E como um pouco de ciência não faz mal a ninguém, vou me agarrar à explicação de um renomado cientista da Nasa que rebateu todas as teorias que confirmam o Armagedon. Gostei muito quando ele disse que o fim do calendário Maia não significa o fim dos tempos, mas o início de um novo ciclo. Assim seja! E, confiando na vida, no futuro e em Deus, espero vocês aqui de novo”. (Raquel)

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