16 de fevereiro de 2012

Moreira é banido da vida pública até 2020

Mais uma derrota do ex-prefeito Carlos Ezequiel Moreira, PSDB, em menos de uma semana. Desta vez a “traulitada” vai lhe custar oito longos anos fora da política. Pior que ser condenado a dois anos de cadeia é agüentar a “meninada” festejando o seu sepultamento político. Na semana passada o ex-prefeito já havia sido condenado a dois anos de prisão por usar dinheiro público para fazer festa de formatura para um sobrinho. Três dias depois, outra condenação por usar dinheiro do povo para contratar advogado para defendê-lo em causa particular. Moreira teve seus direitos políticos cassados por dois anos. Cinco dias depois o ex-prefeito recebe o “tiro de misericórdia” com a aprovação da Lei da Ficha Limpa pelos ministros do Supremo Tribunal Federal. Com a decisão dos ministros, ficam proibido de se eleger por oito anos os políticos condenados pela Justiça em decisões colegiadas, cassados pela Justiça Eleitoral, ou que renunciaram a cargo eletivo para evitar processo de cassação. O ex-prefeito de João Monlevade, Carlos Ezequiel Moreira se enquadra no primeiro quesito. O Supremo Tribunal Federal – STF, decidiu ainda que a Ficha Limpa se aplica a fatos que ocorreram antes de a lei entrar em vigor, independente de o caso ter sido ou não julgado em última instância e não viola princípios da Constituição, como o que considera qualquer pessoa inocente até que seja condenado de forma definitiva. “A Lei da Ficha Limpa foi gestada no ventre moralizante da sociedade brasileira, que está agora a exigir dos poderes instituídos um basta”, argumentou a Ministra Rosa Weber. A Ministra Carmen Lúcia também foi contundente: “Se o ser humano se apresenta inteiro, quando ele se propõe a ser um representante dos cidadãos, a vida pregressa compõe a “persona” que se oferece ao eleitor, e o seu conhecimento há de ser de interesse público. Não dá para apagar. A vida não se passa a limpo a cada dia”, disse. O Ministro Ayres Brito, assim se posicionou pela aprovação da Lei da Ficha Limpa: “A palavra cândido significa limpo, puro. Candidatura significa pureza ética. Uma pessoa que desfila pela passarela quase inteira do Código Penal ou da Lei de Improbidade Administrativa pode se apresentar como candidato?” Questionou. Nesta sexta-feira, 17, véspera de Carnaval a “Corja” já começa uma missão quase impossível: terá que fabricar um nome para representá-la nas eleições municipais de outubro. Detalhe: terá de ser um nome acima de qualquer suspeita, e que não seja presa fácil para a “meninada”.

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