14 de julho de 2011

Vítimas da Greve dos Professores

Alunos sem aulas! Pais reprogramando suas férias! Dizer que as aulas serão repostas após a greve dos professores, é tentar ludibriar a boa fé daqueles que precisam e dependem da escola pública. Já fui estudante de escola pública, e sei muito bem como isso funciona. Discutir a paralisação dos professores, suas razões e a legalidade do movimento grevista é um capítulo á mais. Agora, a preocupação maior é com as conseqüências negativas para esses jovens impedidos de freqüentar as salas de aulas. Durante essa paralisação, pouco ou quase nada se ouviu ou viu em defesa de um dos direitos garantidos constitucionalmente ao brasileiro, sobretudo aos mais pobres impossibilitados de adentrarem á escola particular. Querendo ou não, o fechamento dos portões das nossas escolas em razão dessa greve “legal” é um fato denegridor, é um desrespeito á sociedade carente. É um atentado contra os familiares desses estudantes que necessitam das escolas públicas. Seria utopia negar o direito dos nossos “amados” mestres, mas também não justifica colocar em risco o futuro dos nossos estudantes. Apesar de ser um movimento considerado “legal”, as famílias, os estudantes, a sociedade em sua maioria, não aprova essa greve. Todos, inclusive os grevistas sabem de cor que os maiores prejudicados serão os estudantes e seus familiares. Onde está a Promotoria Pública, o Juizado da Criança e do Adolescente que ainda não tomou providências para garantir que nossas crianças estejam nas salas de aulas e não nas ruas? Onde estão os nossos “legítimos representantes” que tentam apagar o incêndio com fósforo e gasolina? Com a palavra os professores, alunos, pais de alunos, Ministério Público e a classe política de João Monlevade.

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