28 de junho de 2011

Greve de professores prejudica alunos

Mais uma vez os estudantes da rede Pública Municipal voltaram a ser vítimas dos interesses corporativos de seus professores. Por causa de uma greve que já dura 21 dias, todos os alunos de João Monlevade estão fora das salas de aula, provocando insatisfação em seus familiares. Além de comprometer as férias de julho, a greve dos professores poderá ainda comprometer o ano letivo. Pela proposta que foi recusada pela categoria, a Prefeitura elevaria o salário de um professor, para 40 aulas, para R$ 1.604,61, considerado pelos entendidos do assunto, como “o maior salário pago a um professor da região”. Na realidade a greve passou a ter cunho político, com pretensos candidatos a cargos eletivos alimentando um movimento grevista que não vai dar em nada, principalmente depois que os Servidores Públicos Municipais aceitaram o reajuste oferecido pela Prefeitura. O que mais tem chamado a atenção dos que estão fora da greve, é a postura do sindicato da categoria, Sintramon. Recentemente esse sindicato teria concordado com o reajuste de 6,13% para os servidores públicos por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal que impediu um reajuste maior. Mesmo sabendo desse detalhe, o Sintramon tem alimentado as pretensões dos professores que brigam por um reajuste de 9%. Enquanto o impasse continua, os alunos monlevadenses contabilizam os prejuízos. Não sou contra nenhum movimento grevista, mas entendo que todo professor conhece muito bem a profissão que escolheu. Quando prestaram concurso público para o cargo de "professor" da rede pública, todos sabiam a fria que estavam entrando. Reclamar agora e exigir a tão sonhada "valorização da categoria" é conversa prá boi dormir. Isso é papo de futuro pré-candidato a vereador. Não quero e nem sou radical, mas acho que se você não está satisfeito com seu salário e com suas condições de trabalho, o mais coerente é pedir demissão e mudar de emprego. É inaceitável um reduzido número de insatisfeitos prejudicar milhares de estudantes que ainda sonham com um ensino de qualidade.

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