31 de janeiro de 2011

Maracutaias e Mamatas

Pela primeira vez na história do município um Chefe do Executivo demonstrou não estar atrelado a nenhum grupo de empresário do ramo de transportes. Se num passado não muito distante os interesses de empresários e agentes públicos falava mais alto, a história agora é outra. Numa atitude corajosa o prefeito de João Monlevade Gustavo Prandini, PV, ignorou a planilha de custos apresentada pela Enscon Viação, empresa que explora os serviços de transportes coletivos na cidade, e resolveu “congelar” as tarifas. O anúncio oficial foi feito na manhã dessa segunda-feira, 31, no Gabinete do Prefeito, e foi elogiado até pelos oposicionistas ao governo Prandini. De acordo com o governo, as tarifas da Enscon ficarão “congeladas” por um período mínimo de 12 meses. Além de agradar a toda comunidade, a decisão agradou também ao presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL, Luiz Carlos Valente que chegou a citar as dificuldades que os comerciantes estão enfrentando, principalmente após a crise econômica que assolou o país. O presidente da Acimon, Edson Martins Coelho também elogiou a iniciativa do prefeito Gustavo Prandini. Enquanto a comunidade em peso parabenizou o prefeito pelo “congelamento” das passagens, os chamados “do contra” criticaram a postura do governo, alegando que a medida irá provocar um rombo nas contas da Enscon. “Sem o reajuste a empresa não conseguirá manter os seus compromissos com fornecedores. Além do mais, a Enscon já sinaliza com a possibilidade de demissão”, argumentou o ex-prefeito Carlos Ezequiel Moreira, PTB, com pessoas mais próximas. Considerada uma das tarifas mais caras do Brasil, o tempo de espera na parada, o estado de conservação dos ônibus, as reclamações dos usuários, a insatisfação e a indignação foram fatores preponderantes para que o prefeito tomasse essa decisão inédita. Infelizmente a “corja” parece não se comover com o povão espremido como sardinha na lata transportado aos solavancos como gado. Não é segredo para ninguém que o transporte coletivo é uma tragédia nacional. O modelo está falido como propósito social, serve apenas aos empresários e agentes públicos envolvidos em maracutais e mamatas.

3 comentários:

  1. O zé, seu a rádio não tá funcionando na internet. arruma aquela onça lá.
    Tô de férias em ipatinga e quero ouvir vc.
    arruma lá pombaaaaaaaaaaa

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  2. "Pela primeira vez na história do município um Chefe do Executivo demonstrou não estar atrelado a nenhum grupo de empresário do ramo de transportes". Bem que isso poderia ser em Itabira, mas o ex-prefeito J Izael não vetará borra nenhuma.

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  3. De maracutaia,mamata e mutreta já chega. Tem que olhar mais para o povo. O prefeito está certo. Tem que congelar mesmo.

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