27 de dezembro de 2010

A rádio pirata que matou o deputado

Com índices de audiência acima de 60%, a rádio Liberdade-FM, instalada ilegalmente no edifício Abílio Couto, na praça da saúde número 08, foi o divisor de águas da radiodifusão em Itabira. Cercado por programas polêmicos e com o respaldo do “povão”, principalmente o mais carente, a Liberdade-FM era o terror daqueles que não seguiam a cartilha do seu proprietário Heitor Bragança Lemos. Polêmico, frio e calculista, o dono da Liberdade-FM, atrás dos microfones, era um dos homens mais temidos da região. Não somente pelos desafetos da política, mas também por funcionários e colaboradores. O repórter Galvani Silva que o diga. Para garantir a audiência da sua emissora pirata, Heitor Bragança não deixava por menos. Ele chorava, ameaçava, gritava e até plantava notícias e também caixões. Isso mesmo! Quem não se lembra dos caixões que foram localizados pelo irmão e repórter Átila Lemos no alto do Bairro São Pedro e na Rodoviária Genaro Mafra? Fabricados em um quintal do bairro Bela Vista por funcionários da emissora, os caixões eram colocados em pontos estratégicos e o repórter Átila Lemos era sempre o primeiro a chegar ao local e acionar a rádio dando a notícia em “algum ponto da cidade” O sensacionalismo elaborado pelo Heitor Bragança enganou até as polícias Civil e Militar. A ex-delegada Cleanice Reis Braga aguarda até hoje o laudo do sangue encontrado em um dos caixões. Pobre delegada Cleanice Reis! O programa do Heitor Bragança era imbatível nas manhãs itabirana, apesar da emissora ser totalmente ilegal e a Polícia Federal tentar fechar suas portas por várias ocasiões. Quando a Anatel visitava a Liberdade-FM, era uma verdadeira festa. Usando os microfones, Heitor Bragança convocava o povo para acompanhar o fechamento da rádio. Ele chorava, gritava e até simulava que estaria sendo levado preso e algemado para a cadeia. Duas horas depois, após a Anatel confiscar seu transmissor, a rádio voltava a funcionar com outro transmissor, e o Heitor dava gargalhadas e zombava dos homens da Federal.  Essa tática foi repetida várias e várias vezes, sempre com o aval do povão e da maioria dos políticos que tinha medo do dono da Liberdade-FM. Além de atacar de forma covarde seus desafetos políticos, Heitor Bragança também não pensava em destruir todos aqueles que cruzassem seu caminho. Quem não se lembra da detonação de uma “bomba caseira” na residência de seus familiares no Bairro Bela Vista. Quem ficou com nome de “terrorista” foi o cidadão Cosme Ferreira, embora a bomba tenha sido fabricada e detonada por um colaborador da emissora. Naquela época, o senhor Heitor Bragança reinava absoluto na cidade com sua rádio pirata patrocinada com verba pública. Naquela ocasião a Liberdade-FM apoiava o grupo do então prefeito Olímpio Pires Guerra, o Li. Como o Li era adversário político do Luiz Menezes, a emissora pirata também passou a ver o ex-prefeito Luiz Menezes como inimigo. Muitas foram as vezes que o Heitor Bragança chamou o Luiz Menezes de “Velho Gagá” e de “Soneca de Ouro”, pelo fato do então deputado estadual Luiz Menezes cochilar durante as sessões da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. Também não era segredo prá ninguém que o Luiz Menezes usava os microfones da sua rádio Itabira-AM, para ameaçar “pegar seu revólver e dar 10 tiros naquela perereca pirata”, palavras do deputado. Hoje, por ironia do destino Átila Lemos, irmão do Heitor Bragança trabalha nas duas emissoras da família Menezes sem nenhum constrangimento. Fato que não aconteceria caso Luiz Menezes estivesse vivo.  Amanhã vamos relatar a traição do Heitor Bragança contra o grupo do deputado Olímpio Pires Guerra. Aguardem!

Um comentário:

  1. fala zé isto é bom mesmo mas vc develembra quando fazia sexo com migo nos dois e voçe sabe disto conta mesmo é bom que uma hora todos vao saber que machao que vc é lembra quando nos dois brincava em cima da cama ???????

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