22 de novembro de 2010

Carta ao Papai Noel

Caro Papai Noel, saudações! Devido ao congestionamento natural que sempre acontece nessa época de final de ano, resolvi antecipar a minha cartinha. Talvez o senhor não se lembre mais de mim, mas sou aquele garoto que te pediu aquele “presentinho”, lembra? Eu me lembro muito bem que o senhor prometeu o “presentinho” caso eu cumprisse algumas regras. Pois bem, fui um dos melhores alunos do colégio, e só não fui o melhor por causa daquela diretora que vivia pegando no meu pé por causa do meu sotaque fluminense. Mas mesmo assim, com meu jogo de cintura infalível, alcancei os meus objetivos e passei de ano como prometido. Também me esforcei para conviver com aquelas maricotas do colégio, e confesso que não foi fácil. Obedeci aos mais velhos, respeitei os vizinhos e até fui bonzinho com aquela turminha chata do catecismo. Como o senhor pode ver, fiz tudo direitinho prá fazer jus ao “presentinho”. Mas o senhor não cumpriu a sua palavra! O senhor me enganou seu velho babão. Pensei que o “presentinho” era de verdade, mas o senhor se aproveitou da minha boa fé e me ludibriou seu velho veado! Na verdade o senhor simplesmente me emprestou aquele “brinquedinho” de fazer notícia e logo deixou que o tomassem de mim. O senhor é um velho barrigudo e feio, que fica por ai com esse saco murcho enganando a criançada. O pior de tudo seu velho safado, é que aquele “Menino Maluquinho” e seus coleguinhas estão rindo até as orelhas e tirando o maior sarro com a minha cara. Seu velho gordo, porco e vagabundo, você simplesmente me deixou no mato sem cachorro. Por sua causa estou pagando o maior mico com a “meninada”. Prá me complicar ainda mais o senhor deixou que aquele vigário me incluísse na turma daquela “corja” que o senhor tanto criticou. Assim seu velho horroroso, “eu passo mal!” Não quero nem pensar no que vai acontecer daqui a 55 dias quando os “homes da lei” parar o camburão lá na rua e pegar as chaves do meu “brinquedinho”. Seu cachorro, ordinário! Por sua causa o meu diabete está nas alturas, sem falar no bico-de-papagaio que não me deixa respirar. Uma coisa eu digo: se eu tiver que voltar para aquela garagem horrível novamente, eu coloco fogo nesse saco de merca que o senhor carrega nas costas, seu velho pilantra. Não adianta querer me enganar de novo dizendo que o “home da capital” vai me ajudar. Se o senhor não sabe, depois que ele conseguiu seu objetivo, nunca mais voltou por essas bandas. O “moço da orelha”, aquele que fala bonito na radia, também está atolado na merda, ou melhor, naquele lixo que quase o levou para o xilindró. Como o senhor está vendo, o bicho pegou de vez ai em Jean Monlê. Vou terminar essa cartinha torcendo pra que essas renas joguem o senhor no chiqueiro dos porcos, seu velho imundo! Assinado, Marcinho Melado de Cana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário